Em todas as etapas da vida somos
confrontados a falar de nossas conquistas, sejam elas materiais, pessoais e/ou
intelectuais. O mundo nos cobra uma postura e posição de destaque em meio a
tudo. Mas quando essas expectativas são frustradas por parte de quem as faz, há
um julgamento cruel. Somos rotulados de inutilidade, excluídos do “grande
grupo”. Somos diferentes.
Os filhos de Deus nasceram para
dar certo, mas que certo é esse?
Geralmente, a escala usada como medida
hoje é aquela que a sociedade nos impôs como sinônimo de realização. É bem
sucedido aquele que tem mais dinheiro, fama, popularidade, bens materiais, ou
seja, os que vivem os “prazeres da vida”. A cada dia surgem novos indicadores
de “sucesso”. A corrida desenfreada para conseguir tudo isso em curto prazo não
resulta no objetivo que antes era primordial: a felicidade.
Vivemos nos projetando para os outros em palavras de
autopromoção, acreditando em uma verdade que, muitas vezes, não é a nossa, que
não nos faz bem. O pensamento imediatista faz da vida um anseio constante para
o que nos é ofertado diariamente, uma busca sem fim por “coisas” que nunca nos
contentam. Prazer imediato = “felicidade” passageira.
É natural haver crescimento e
prosperidade em meio a tudo o que fazemos quando colocamos Deus no centro de
nossa vida, porque nossos projetos não são nossos, mas é o plano do próprio
Deus para nós. O “dar
certo”, sob uma visão cristã, é bem diferente da visão deturpada da sociedade.
Muitas vezes, nós cristãos temos de esperar em Deus para receber a resposta ou
a bênção que tanto pedimos, pois Ele prepara o caminho para a que a graça
chegue no momento certo. Quando somos agraciados, sabemos reconhecer a obra do
Senhor e a desfrutamos em sua plenitude. Esperar em Deus não é loucura, mas
agir na certeza de que acontecerá o melhor no tempo certo. Contudo, hoje muita
gente prefere correr para o mundo do que esperar em Deus.
“Aliás, sabemos que todas as
coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os
eleitos, segundo os seus desígnios.” (cf. Romanos 8, 28.)
Sabe aquele vazio que não preenchemos com
dinheiro, coisas nem pessoas? Pois é, Deus preenche!
Essa cobrança desleal dos padrões de
ostentação atual nos inferioriza e coloca nossa vida em segundo,
terceiro…último plano. Deus está em que colocação em nossos anseios?
Não coisifiquemos nossa vida nem a do
outro, pois somos filhos de Deus, capacitados, dotados de inteligência, dons e
carismas com um potencial imenso para fazer a diferença no ambiente que estamos
inseridos. Não somos iguais, temos natureza divina. Deus, mesmo sabendo o
caminho que nos faria feliz, deu liberdade para nossas escolhas. Não deixe que
alguém roube isso de você.
Tenha certeza de que o Senhor
suprirá suas necessidades, pois nem tudo que pedimos é o que precisamos. Ele
certamente vê e chega exatamente onde nos falta.
“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de
Deus e a Sua justiça, e todas as coisas vos serão dadas por acréscimos” (Mateus
6, 33).
Muitos procuram a chave para felicidade
em lugares errados, e, às vezes, tem-se a ilusão de tê-la encontrado. No
entanto, logo damos conta de que algo ainda nos falta, e a procura continua. A
felicidade é algo complexo, abrange uma plenitude que contempla todas as
particularidades do nosso ser. Eis que há uma chave-mestra, responsável por
unir todos os segredos e combinações em uma única solução: Deus. Eis o caminho:
“Ser aquilo que Deus quer”! Ele sempre quer o melhor para nós e sabe, ao certo,
a glória que está guardada para Seus filhos.
“Pois morrestes e a vossa vida está
escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3,3).
Tenhamos a certeza de que nossa
vida está em Deus, e o melhor: na vida eterna!
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