Ao iniciarmos essa
reflexão acerca da Santíssima Trindade (Pai Criador, Filho Redentor e Espírito
Santo Santificador), como mistério de comunhão, precisamos ter presente o
conceito da relação perene de amor, que estabelece e sustenta essa comunhão.
Tendo por referência esta relação, partimos do pressuposto de que a divina
comunhão se apresenta como o modelo ideal da sociedade humana, da Igreja e de
toda a comunidade humana e religiosa. A Trindade é o sentido e a missão da
Igreja, sacramento da unidade do gênero humano. Unidade da Trindade, pois, a
Igreja é reunida pela unidade da Trindade! Essa relação de amor, em vista da
vivência da comunhão, revela-se para nós como fundamento e estímulo da prática
da caridade fraterna e do apostolado. “Deus criou o homem à sua imagem;
criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou...” (Gn
1, 27-28a). Já que o ser humano foi criado à imagem e semelhança divina, ou
seja, criado à imagem e semelhança do Amor, tendo por fundamento e exigência
essa verdade da Sagrada Escritura, devemos corresponder a essa participação na
comunhão da Trindade com atitudes de transbordamento de amor.
Superar
as divisões, competições e as demais concupiscências humanas, que a sociedade
vigente constantemente apresenta como padrão de comportamento e meta de vida,
constitui o grande desafio do homem na atualidade. Trilhar um dinâmico caminho
de conversão e arrependimento que o coloque numa permanente atitude de abertura
amorosa é uma necessidade vital. A comunhão exige uma saudável e madura relação
entre as individualidades de cada pessoa, pois a comunhão na verdade não
significa aniquilamento da individualidade, mas enriquecimento dela à luz do
amor verdadeiro que harmoniza e equilibra as diferenças. Quando a pessoa busca
se auto afirmar no egoísmo e individualismo, tendo o outro como mero
instrumento dos seus interesses ou algo descartável, não existe comunhão, mas
exploração e instrumentalização do outro. A comunhão tem por base a liberdade e
a complementariedade, onde brota o chamado a viver a doação de si mesmo e o
acolhimento do outro numa mútua relação.
O
mistério trinitário não é uma teoria de termos complexos, um enigma ou uma mera
formalidade teológica, mas plenitude de vida. Não se entende a Trindade, porque
é difícil imaginar como é possível amar tanto e doar-se na totalidade. O
Deus-Amor é único e, ao mesmo tempo, trino, na medida em que isso é necessário
para a perfeita comunhão de vida. A comunhão plena de vida é o objetivo e a
meta para onde tudo se encaminha. Para viver a dinâmica santificante da
comunhão, não basta fazer parte de um grupo de pessoas que vivem conjuntamente,
nem mesmo ter os mesmos objetivos, pois, mesmo assim, os interesses ainda podem
ser individualistas. A vivência da comunhão, cujo modelo é a Trindade Santa,
exige amar como Jesus ama, um amor de gratuidade e doação. O mandato de Cristo
é nítido para todos os que anseiam pela comunhão verdadeira: “... Amai-vos
uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns
aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns
aos outros” (Jo 13, 34-35). Nesta dimensão, encontramos também a missão
evangelizadora da Igreja em um dos seus fundamentos mais importantes que é o
amor. A comunhão é concreta, deixando de ser verbalização quando o compromisso
prático do amor é concreto e transformador.
A comunhão entre as Pessoas da Santíssima Trindade é comunicada ao homem pelo dom do Espírito Santo, que estabelece a Nova e Eterna Aliança. Anteriormente, tínhamos a afirmação: “Sereis o meu povo, e Eu, o vosso Deus” (Jr 30,22); agora, temos a plenitude da graça: “... conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim e eu em vós. Se alguém me ama, guardará a minha Palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14, 20.23). Temos claramente, aqui, o princípio base de que a relação entre nós e Jesus manifesta e continua as relações trinitárias.
Peçamos, nessa Solenidade da Santíssima Trindade, o dom da comunhão. O dom é graça de Deus, força do alto que atua rompendo as barreiras e divisões, tendo em vista transformar os muros em pontes. Deixemos que o Espírito Santo nos convença e impulsione nas decisões e atitudes que fecundam, fazem florescer e frutificar a comunhão na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Conscientes que o amor vivido e continuamente experimentado em nosso meio testemunha ao mundo a salvação e a paz, estabelecendo e construindo o Reino de Deus entre nós. Que o Deus da esperança vos cumule de todo bem e, abençoando-vos, faça acontecer em vós e por meio de vós, a comunhão que revela a face redentora e salvífica de Cristo Jesus! Amém!
A comunhão entre as Pessoas da Santíssima Trindade é comunicada ao homem pelo dom do Espírito Santo, que estabelece a Nova e Eterna Aliança. Anteriormente, tínhamos a afirmação: “Sereis o meu povo, e Eu, o vosso Deus” (Jr 30,22); agora, temos a plenitude da graça: “... conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim e eu em vós. Se alguém me ama, guardará a minha Palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14, 20.23). Temos claramente, aqui, o princípio base de que a relação entre nós e Jesus manifesta e continua as relações trinitárias.
Peçamos, nessa Solenidade da Santíssima Trindade, o dom da comunhão. O dom é graça de Deus, força do alto que atua rompendo as barreiras e divisões, tendo em vista transformar os muros em pontes. Deixemos que o Espírito Santo nos convença e impulsione nas decisões e atitudes que fecundam, fazem florescer e frutificar a comunhão na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Conscientes que o amor vivido e continuamente experimentado em nosso meio testemunha ao mundo a salvação e a paz, estabelecendo e construindo o Reino de Deus entre nós. Que o Deus da esperança vos cumule de todo bem e, abençoando-vos, faça acontecer em vós e por meio de vós, a comunhão que revela a face redentora e salvífica de Cristo Jesus! Amém!
Padre Eliano Luiz Gonçalves
Vigário da Paróquia Cristo Rei – Diocese de Lorena
(SP)
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