A
importância da figura paterna na vida de uma pessoa acontece de diferentes
formas em cada fase da vida. Pensando nos aspectos psicológicos, podemos
enumerar diversas situações de importância. Freud, em seus estudos, escreveu:
“Não posso pensar em nenhuma necessidade da infância tão forte como a
necessidade da proteção de um pai". Isso nos leva a pensar em quão
necessário ele se faz na vida de uma pessoa.
A forma de relacionar-se dos pais com os filhos difere-se, claro, do papel
materno. A gestação é da mãe, mas a presença física, carinhosa, afetiva,
representa os primeiros processos amorosos na relação pai-filho e, certamente,
quando bem vivida, dá à mãe maior estabilidade emocional, sentimento de ser
acolhida e apoiada nesta bonita fase de sua vida. A figura paterna presente,
segundo estudos, sugere melhor desenvolvimento cognitivo e social na
aprendizagem e na integração com as outras pessoas. Claro que este não é um
fator decisivo, mas é importante. Em geral, o pai é a primeira pessoa que
ajudará o bebê a desvincular-se do colo da mãe e estar com outras pessoas.
Muitas pessoas relatam a “falta do pai, a ausência”, a dor de não ter tido o
amor do pai ou mesmo o fato deste não estar com a família. É certo que muitas
famílias contam com o pai como provedor de recursos aos filhos e nem sempre
fica claro para eles o quanto o pai também ama desta maneira.
Em
quais aspectos a figura paterna pode auxiliar um filho? Em uma vida emocional
equilibrada, no crescimento de sua autoconfiança quando reconhecida em suas
capacidades e reforçada a tomar atitudes, a viver bem os aspectos de limites,
de ganhar e perder, e com isso saber lidar com frustrações, no respeito às
autoridades, bem como na percepção de seu papel na sociedade. “Quanto maior é a
participação e o envolvimento do pai no crescimento e na educação da criança,
melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos” (Pupo, I).
Claro
que os papéis de pai e mãe nem sempre são representados pelos pais biológicos
por diversos motivos, mas é a partir de figuras que ocupem este lugar e sejam
responsáveis por este filho que a criança ou adolescente poderá, de forma
saudável, explorar o mundo, encontrar apoio e perceber-se confiante quanto a si
mesmo ou mesmo com relação às pessoas que estão ao seu redor, favorecendo sua
relação com o mundo.
Desejar um filho é diferente de assumir o papel de pai. Estes possuem
expectativas, fantasias, preocupações que se materializam a partir do
nascimento. Quantos pais que estão lendo este artigo agora não se viram ou se
veem assim?
Amor
é o nome do vínculo que muda a história de um homem ao assumir seu papel como
pai; em meio às incertezas, aos medos, às expectativas, e também às alegrias, à
união familiar e aos relacionamentos positivos, os pais favorecerão,
independente da condição da família, o melhor para seus filhos que, claro, não
chegam com “manual de instrução”. No entanto, a força desse amor de doação
permitirá que as alegrias possam ser muito mais valorizadas que as
dificuldades.
Ser
pai é vocação e dom, um presente que cada um de vocês, pais, receberam. É uma
missão árdua, cheia de preocupações certamente, mas, acima de tudo, de
conquistas, alegrias, da vivência, do cuidado, do amor e da vida.
Parabéns,
pai!
Elaine
Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Elaine
Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção
Nova.
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temasempsicologia.wordpress.com
Twitter:
@elaineribeirosp