Liturgia

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pai, um vínculo de amor

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A importância da figura paterna na vida de uma pessoa acontece de diferentes formas em cada fase da vida. Pensando nos aspectos psicológicos, podemos enumerar diversas situações de importância. Freud, em seus estudos, escreveu: “Não posso pensar em nenhuma necessidade da infância tão forte como a necessidade da proteção de um pai". Isso nos leva a pensar em quão necessário ele se faz na vida de uma pessoa.
A forma de relacionar-se dos pais com os filhos difere-se, claro, do papel materno. A gestação é da mãe, mas a presença física, carinhosa, afetiva, representa os primeiros processos amorosos na relação pai-filho e, certamente, quando bem vivida, dá à mãe maior estabilidade emocional, sentimento de ser acolhida e apoiada nesta bonita fase de sua vida. A figura paterna presente, segundo estudos, sugere melhor desenvolvimento cognitivo e social na aprendizagem e na integração com as outras pessoas. Claro que este não é um fator decisivo, mas é importante. Em geral, o pai é a primeira pessoa que ajudará o bebê a desvincular-se do colo da mãe e estar com outras pessoas.
Muitas pessoas relatam a “falta do pai, a ausência”, a dor de não ter tido o amor do pai ou mesmo o fato deste não estar com a família. É certo que muitas famílias contam com o pai como provedor de recursos aos filhos e nem sempre fica claro para eles o quanto o pai também ama desta maneira. 
Em quais aspectos a figura paterna pode auxiliar um filho? Em uma vida emocional equilibrada, no crescimento de sua autoconfiança quando reconhecida em suas capacidades e reforçada a tomar atitudes, a viver bem os aspectos de limites, de ganhar e perder, e com isso saber lidar com frustrações, no respeito às autoridades, bem como na percepção de seu papel na sociedade. “Quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e na educação da criança, melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos” (Pupo, I).
Claro que os papéis de pai e mãe nem sempre são representados pelos pais biológicos por diversos motivos, mas é a partir de figuras que ocupem este lugar e sejam responsáveis por este filho que a criança ou adolescente poderá, de forma saudável, explorar o mundo, encontrar apoio e perceber-se confiante quanto a si mesmo ou mesmo com relação às pessoas que estão ao seu redor, favorecendo sua relação com o mundo.
Desejar um filho é diferente de assumir o papel de pai. Estes possuem expectativas, fantasias, preocupações que se materializam a partir do nascimento. Quantos pais que estão lendo este artigo agora não se viram ou se veem assim?
Amor é o nome do vínculo que muda a história de um homem ao assumir seu papel como pai; em meio às incertezas, aos medos, às expectativas, e também às alegrias, à união familiar e aos relacionamentos positivos, os pais favorecerão, independente da condição da família, o melhor para seus filhos que, claro, não chegam com “manual de instrução”. No entanto, a força desse amor de doação permitirá que as alegrias possam ser muito mais valorizadas que as dificuldades.
Ser pai é vocação e dom, um presente que cada um de vocês, pais, receberam. É uma missão árdua, cheia de preocupações certamente, mas, acima de tudo, de conquistas, alegrias, da vivência, do cuidado, do amor e da vida.

Parabéns, pai!

Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Twitter: @elaineribeirosp


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