Liturgia

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Horários das missas de fim de ano e ano novo


Paróquia da Beata Lindalva e São Cristovão
19:30 - Igreja Matriz
Paróquia de São João Batista
19:30 - Capela de São José, Linda Flor
21:00 - Capela de N. Srª da Conceição, Nova Esperança
23:45 - Matriz de São João Batista
Obs: A celebração eucarística acontecerá no anfiteatro.


Paróquia de São João Batista
17:30 - Igreja Matriz
Paróquia da Beata Lindalva e São Cristovão
19:30 - Capela de São José - Frutilândia

sábado, 29 de dezembro de 2012

MENSAGEM DO DIA


O amor sempre vence!

Tudo passa, só Deus não passa; e o amor sempre vence. Jesus é o puro amor, é Ele quem nos ensina a amar.
“Como o Pai me ama assim também eu vos amo” (Jo 15,9). É por isso que o amor vence, porque vem de Deus.
O amor é perseverante, por isso deve ser expressado a cada momento e em cada pessoa, pois somos únicos diante de Deus.
Precisamos abrir o nosso coração para que o Senhor faça em nós Sua Obra, a fim de que multipliquemos o talento que Ele mesmo nos deu.

Luzia Santiago
Comunidade Canção Nova

Renovação Carismática Católica completa 40 anos na Diocese de Mossoró


Celebração Eucarística em Ação de Graças pelos 40 anos da Renovação Carismática Católica 
Preside a Santa Missa : Bispo Diocesano Dom Mariano Manzana 
Diretor Espiritual : Pe. Walter Colline.

Fonte: Diocese de Mossoró

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O segredo para um ano mais feliz




O mês de janeiro, que começa com a festa de “Maria, a Mãe de Deus”, termina com a fes­ta de São João Bosco. Ele, o santo da juventude, realizou obras mara­vilhosas, especialmente no campo da educação da juventude. Dom Bosco afirmou repe­tidamente: “Foi Ela quem tudo fez!”
Dom Bosco, ao contrário do que muitos pensam, era um homem de um temperamento classificado como “colérico”. Um grande empreende­dor, mas uma pessoa irascível desde os seus tempos de menino. Um homem de temperamento muito forte.
Como nós conhecemos um Dom Bosco que primava por uma bondade extrema? Que mantinha um relacionamento com todos, espe­cialmente com os jovens; e era cheio de amor, ternura, mansidão, pa­ciência, amabilidade, carinho? Uma pessoa de perfeito autocontrole?
Todas essas qualidades unidas e somadas resultam na palavra italiana “amorevolezza”. Uma linda palavra, mas intraduzível em português. Qual seria, então, o segredo de Dom Bosco?

O segredo é este: consciente do seu temperamento forte, colérico, irascí­vel, determinou-se a “domar” o seu temperamento com o auxílio da graça de Deus, mas também com toda a luta pessoal de um esforço contínuo. Para isso ele escolheu como pro­tetor e modelo São Francisco de Sa­les, o qual, providencialmente, celebra­mos no dia 29 de janeiro.
Francisco de Sales, nobre, inte­ligente, de uma família rica, muito bem sucedido em seus estudos e em todos os seus empreendimentos, era um homem orgulhoso, altivo, vaido­so, autossuficiente e, acima de tudo, portador de um temperamento “colé­rico”. Verdadeiramente uma pessoa irascível e de difícil trato. 
Imagine só! Uma pessoa assim, tornou-se o homem verdadeiramente manso e humilde de coração. O santo da bondade e da ternura. Dom Bosco espelhou-se nele, assumiu o seu segredo e trilhou os seus caminhos.
Com muita humildade, mas com toda a veracidade, eu posso dizer: a Canção Nova tem feito de tudo para viver o espírito de Dom Bosco e se­gui-lo na sua luta e esforço contínuo.
Queremos ser como Francisco de Sales! Queremos nos tornar um ou­tro Dom Bosco!
Foi por isso que assumimos a sua pedagogia: o “Sistema Preventivo de Dom Bosco”.
A Canção Nova assumiu o Sis­tema Preventivo de Dom Bosco e o aplica não só na educação dos nossos alunos, no Instituto Canção Nova, mas também no tratamento de todo esse povo que Deus nos confiou. Este é o segredo da eficácia e do crescimento que o Senhor nos tem concedido.
Esta é uma excelente maneira de desejar a você um Feliz Ano Novo! Viva conosco o desafio de assumir o segredo de Dom Bosco, que é o segredo de São Francisco de Sales. O Senhor quer que nós também sejamos homens e mulheres mansos e humildes de coração, seja qual for o nosso temperamento.
Vamos juntos aplicar, na nossa vida e no nosso relacionamento, com as pessoas que nos cercam, o Sistema Preventivo de Dom Bosco.


Feliz 2013!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

COMUNICADO

     

Caros amigos leitores ! Sabemos que, atualmente, as pessoas buscam bastante as redes sociais para se comunicarem e outras coisas mais. Por isso, a Paróquia de São João Batista de Assu agora possui seu twitter, e ,seja você mais um seguidor. É só adicionar: @paroquiaassu e deixar seu comentário, sugestão, critica. A PASCOM está a cada dia buscando inovar na forma de evangelizar, e como as redes sociais são  consideradas boas ferramentas nos dias atuais, estamos agregando-as ao serviço evangelizador e em breve a Paróquia contará com seu blog e facebook. 


Atenciosamente,


Adriano F. Constantino
Coordenador.

Mensagem do Papa para o dia mundial da paz 2013



MENSAGEM
DIA MUNDIAL DA PAZ
1º DE JANEIRO DE 2013
BEM-AVENTURADOS OS OBREIROS DA PAZ



1. Cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Nesta perspectiva, peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade, para todos, as aspirações duma vida feliz e próspera.
À distância de 50 anos do início do Concílio Vaticano II, que permitiu dar mais força à missão da Igreja no mundo, anima constatar como os cristãos, Povo de Deus em comunhão com Ele e caminhando entre os homens, se comprometem na história compartilhando alegrias e esperanças, tristezas e angústias, anunciando a salvação de Cristo e promovendo a paz para todos.
Na realidade o nosso tempo, caracterizado pela globalização, com seus aspectos positivos e negativos, e também por sangrentos conflitos ainda em curso e por ameaças de guerra, requer um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo.
Causam apreensão os focos de tensão e conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião, chamada a favorecer a comunhão e a reconciliação entre os homens.
E no entanto as inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus.
Tudo isso me sugeriu buscar inspiração, para esta Mensagem, às palavras de Jesus Cristo: «Bem--aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9).

A bem-aventurança evangélica
2. As bem-aventuranças proclamadas por Jesus (cf. Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-23) são promessas. Com efeito, na tradição bíblica, a bem-aventurança é um género literário que traz sempre consigo uma boa nova, ou seja um evangelho, que culmina numa promessa. Assim, as bem-aventuranças não são meras recomendações morais, cuja observância prevê no tempo devido – um tempo localizado geralmente na outra vida – uma recompensa, ou seja, uma situação de felicidade futura; mas consistem sobretudo no cumprimento duma promessa feita a quantos se deixam guiar pelas exigências da verdade, da justiça e do amor. Frequentemente, aos olhos do mundo, aqueles que confiam em Deus e nas suas promessas aparecem como ingénuos ou fora da realidade; ao passo que Jesus lhes declara que já nesta vida – e não só na outra – se darão conta de serem filhos de Deus e que, desde o início e para sempre, Deus está totalmente solidário com eles. Compreenderão que não se encontram sozinhos, porque Deus está do lado daqueles que se comprometem com a verdade, a justiça e o amor. Jesus, revelação do amor do Pai, não hesita em oferecer-Se a Si mesmo em sacrifício. Quando se acolhe Jesus Cristo, Homem-Deus, vive-se a jubilosa experiência de um dom imenso: a participação na própria vida de Deus, isto é, a vida da graça, penhor duma vida plenamente feliz. De modo particular, Jesus Cristo dá-nos a paz verdadeira, que nasce do encontro confiante do homem com Deus.

A bem-aventurança de Jesus diz que a paz é, simultaneamente, dom messiânico e obra humana. Na verdade, a paz pressupõe um humanismo aberto à transcendência; é fruto do dom recíproco, de um mútuo enriquecimento, graças ao dom que provém de Deus e nos permite viver com os outros e para os outros. A ética da paz é uma ética de comunhão e partilha. Por isso, é indispensável que as várias culturas de hoje superem antropologias e éticas fundadas sobre motivos teorico-práticos meramente subjectivistas e pragmáticos, em virtude dos quais as relações da convivência se inspiram em critérios de poder ou de lucro, os meios tornam-se fins, e vice-versa, a cultura e a educação concentram-se apenas nos instrumentos, na técnica e na eficiência. Condição preliminar para a paz é o desmantelamento da ditadura do relativismo e da apologia duma moral totalmente autónoma, que impede o reconhecimento de quão imprescindível seja a lei moral natural inscrita por Deus na consciência de cada homem. A paz é construção em termos racionais e morais da convivência, fundando-a sobre um alicerce cuja medida não é criada pelo homem, mas por Deus. Como lembra o Salmo 29, « o Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com a paz » (v. 11).

A paz: dom de Deus e obra do homem
3. A paz envolve o ser humano na sua integridade e supõe o empenhamento da pessoa inteira: é paz com Deus, vivendo conforme à sua vontade; é paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação. Como escreveu o Beato João XXIII na Encíclica Pacem in terris – cujo cinquentenário terá lugar dentro de poucos meses –, a paz implica principalmente a construção duma convivência humana baseada na verdade, na liberdade, no amor e na justiça.A negação daquilo que constitui a verdadeira natureza do ser humano, nas suas dimensões essenciais, na sua capacidade intrínseca de conhecer a verdade e o bem e, em última análise, o próprio Deus, põe em perigo a construção da paz. Sem a verdade sobre o homem, inscrita pelo Criador no seu coração, a liberdade e o amor depreciam-se, a justiça perde a base para o seu exercício.

Para nos tornarmos autênticos obreiros da paz, são fundamentais a atenção à dimensão transcendente e o diálogo constante com Deus, Pai misericordioso, pelo qual se implora a redenção que nos foi conquistada pelo seu Filho Unigénito. Assim o homem pode vencer aquele germe de obscurecimento e negação da paz que é o pecado em todas as suas formas: egoísmo e violência, avidez e desejo de poder e domínio, intolerância, ódio e estruturas injustas.
A realização da paz depende sobretudo do reconhecimento de que somos, em Deus, uma única família humana. Esta, como ensina a Encíclica Pacem in terris, está estruturada mediante relações interpessoais e instituições sustentadas e animadas por um «nós» comunitário, que implica uma ordem moral, interna e externa, na qual se reconheçam sinceramente, com verdade e justiça, os próprios direitos e os próprios deveres para com os demais. A paz é uma ordem de tal modo vivificada e integrada pelo amor, que se sentem como próprias as necessidades e exigências alheias, que se fazem os outros comparticipantes dos próprios bens e que se estende sempre mais no mundo a comunhão dos valores espirituais. É uma ordem realizada na liberdade, isto é, segundo o modo que corresponde à dignidade de pessoas que, por sua própria natureza racional, assumem a responsabilidade do próprio agir.
A paz não é um sonho, nem uma utopia; a paz é possível. Os nossos olhos devem ver em profundidade, sob a superfície das aparências e dos fenómenos, para vislumbrar uma realidade positiva que existe nos corações, pois cada homem é criado à imagem de Deus e chamado a crescer contribuindo para a edificação dum mundo novo. Na realidade, através da encarnação do Filho e da redenção por Ele operada, o próprio Deus entrou na história e fez surgir uma nova criação e uma nova aliança entre Deus e o homem (cf. Jr 31, 31-34), oferecendo-nos a possibilidade de ter « um coração novo e um espírito novo » (cf. Ez 36, 26).
Por isso mesmo, a Igreja está convencida de que urge um novo anúncio de Jesus Cristo, primeiro e principal factor do desenvolvimento integral dos povos e também da paz. Na realidade, Jesus é a nossa paz, a nossa justiça, a nossa reconciliação (cf. Ef 2, 14; 2 Cor 5, 18). O obreiro da paz, segundo a bem--aventurança de Jesus, é aquele que procura o bem do outro, o bem pleno da alma e do corpo, no tempo presente e na eternidade.
A partir deste ensinamento, pode-se deduzir que cada pessoa e cada comunidade – religiosa, civil, educativa e cultural – é chamada a trabalhar pela paz. Esta consiste, principalmente, na realização do bem comum das várias sociedades, primárias e intermédias, nacionais, internacionais e a mundial. Por isso mesmo, pode-se supor que os caminhos para a implementação do bem comum sejam também os caminhos que temos de seguir para se obter a paz.

Obreiros da paz são aqueles que amam,defendem e promovem a vida na sua integridade
4. Caminho para a consecução do bem comum e da paz é, antes de mais nada, o respeito pela vida humana, considerada na multiplicidade dos seus aspectos, a começar da concepção, passando pelo seu desenvolvimento até ao fim natural. Assim, os verdadeiros obreiros da paz são aqueles que amam, defendem e promovem a vida humana em todas as suas dimensões: pessoal, comunitária e transcendente. A vida em plenitude é o ápice da paz. Quem deseja a paz não pode tolerar atentados e crimes contra a vida.
Aqueles que não apreciam suficientemente o valor da vida humana, chegando a defender, por exemplo, a liberalização do aborto, talvez não se dêem conta de que assim estão a propor a prossecução duma paz ilusória. A fuga das responsabilidades, que deprecia a pessoa humana, e mais ainda o assassinato de um ser humano indefeso e inocente nunca poderão gerar felicidade nem a paz. Na verdade, como se pode pensar em realizar a paz, o desenvolvimento integral dos povos ou a própria salvaguarda do ambiente, sem estar tutelado o direito à vida dos mais frágeis, a começar pelos nascituros? Qualquer lesão à vida, de modo especial na sua origem, provoca inevitavelmente danos irreparáveis ao desenvolvimento, à paz, ao ambiente. Tão pouco é justo codificar ardilosamente falsos direitos ou opções que, baseados numa visão redutiva e relativista do ser humano e com o hábil recurso a expressões ambíguas tendentes a favorecer um suposto direito ao aborto e à eutanásia, ameaçam o direito fundamental à vida.
Também a estrutura natural do matrimónio, como união entre um homem e uma mulher, deve ser reconhecida e promovida contra as tentativas de a tornar, juridicamente, equivalente a formas radicalmente diversas de união que, na realidade, a prejudicam e contribuem para a sua desestabilização, obscurecendo o seu carácter peculiar e a sua insubstituível função social.
Estes princípios não são verdades de fé, nem uma mera derivação do direito à liberdade religiosa; mas estão inscritos na própria natureza humana – sendo reconhecíveis pela razão – e consequentemente comuns a toda a humanidade. Por conseguinte, a acção da Igreja para os promover não tem carácter confessional, mas dirige-se a todas as pessoas, independentemente da sua filiação religiosa. Tal acção é ainda mais necessária quando estes princípios são negados ou mal entendidos, porque isso constitui uma ofensa contra a verdade da pessoa humana, uma ferida grave infligida à justiça e à paz.
Por isso, uma importante colaboração para a paz é dada também pelos ordenamentos jurídicos e a administração da justiça quando reconhecem o direito ao uso do princípio da objecção de consciência face a leis e medidas governamentais que atentem contra a dignidade humana, como o aborto e a eutanásia.
Entre os direitos humanos basilares mesmo para a vida pacífica dos povos, conta-se o direito dos indivíduos e comunidades à liberdade religiosa. Neste momento histórico, torna-se cada vez mais importante que este direito seja promovido não só negativamente, como liberdade de – por exemplo, de obrigações e coacções quanto à liberdade de escolher a própria religião –, mas também positivamente, nas suas várias articulações, como liberdade para: por exemplo, para testemunhar a própria religião, anunciar e comunicar a sua doutrina; para realizar actividades educativas, de beneficência e de assistência que permitem aplicar os preceitos religiosos; para existir e actuar como organismos sociais, estruturados de acordo com os princípios doutrinais e as finalidades institucionais que lhe são próprias. Infelizmente vão-se multiplicando, mesmo em países de antiga tradição cristã, os episódios de intolerância religiosa, especialmente contra o cristianismo e aqueles que se limitam a usar os sinais identificadores da própria religião.
O obreiro da paz deve ter presente também que as ideologias do liberalismo radical e da tecnocracia insinuam, numa percentagem cada vez maior da opinião pública, a convicção de que o crescimento económico se deve conseguir mesmo à custa da erosão da função social do Estado e das redes de solidariedade da sociedade civil, bem como dos direitos e deveres sociais. Ora, há que considerar que estes direitos e deveres são fundamentais para a plena realização de outros, a começar pelos direitos civis e políticos.
E, entre os direitos e deveres sociais actualmente mais ameaçados, conta-se o direito ao trabalho. Isto é devido ao facto, que se verifica cada vez mais, de o trabalho e o justo reconhecimento do estatuto jurídico dos trabalhadores não serem adequadamente valorizados, porque o crescimento económico dependeria sobretudo da liberdade total dos mercados. Assim o trabalho é considerado uma variável dependente dos mecanismos económicos e financeiros. A propósito disto, volto a afirmar que não só a dignidade do homem mas também razões económicas, sociais e políticas exigem que se continue « a perseguir como prioritário o objectivo do acesso ao trabalho para todos, ou da sua manutenção ».4 Para se realizar este ambicioso objectivo, é condição preliminar uma renovada apreciação do trabalho, fundada em princípios éticos e valores espirituais, que revigore a sua concepção como bem fundamental para a pessoa, a família, a sociedade. A um tal bem corresponde um dever e um direito, que exigem novas e ousadas políticas de trabalho para todos.

Construir o bem da paz através de um novo modelo de desenvolvimento e de economia
5. De vários lados se reconhece que, hoje, é necessário um novo modelo de desenvolvimento e também uma nova visão da economia. Quer um desenvolvimento integral, solidário e sustentável, quer o bem comum exigem uma justa escala de bens-valores, que é possível estruturar tendo Deus como referência suprema. Não basta ter à nossa disposição muitos meios e muitas oportunidades de escolha, mesmo apreciáveis; é que tanto os inúmeros bens em função do desenvolvimento como as oportunidades de escolha devem ser empregues de acordo com a perspectiva duma vida boa, duma conduta recta, que reconheça o primado da dimensão espiritual e o apelo à realização do bem comum. Caso contrário, perdem a sua justa valência, acabando por erguer novos ídolos.
Para sair da crise financeira e económica actual, que provoca um aumento das desigualdades, são necessárias pessoas, grupos, instituições que promovam a vida, favorecendo a criatividade humana para fazer da própria crise uma ocasião de discernimento e de um novo modelo económico. O modelo que prevaleceu nas últimas décadas apostava na busca da maximização do lucro e do consumo, numa óptica individualista e egoísta que pretendia avaliar as pessoas apenas pela sua capacidade de dar resposta às exigências da competitividade. Olhando de outra perspectiva, porém, o sucesso verdadeiro e duradouro pode ser obtido com a dádiva de si mesmo, dos seus dotes intelectuais, da própria capacidade de iniciativa, já que o desenvolvimento económico suportável, isto é, autenticamente humano tem necessidade do princípio da gratuidade como expressão de fraternidade e da lógica do dom. Concretamente na actividade económica, o obreiro da paz aparece como aquele que cria relações de lealdade e reciprocidade com os colaboradores e os colegas, com os clientes e os usuários. Ele exerce a actividade económica para o bem comum, vive o seu compromisso como algo que ultrapassa o interesse próprio, beneficiando as gerações presentes e futuras. Deste modo sente-se a trabalhar não só para si mesmo, mas também para dar aos outros um futuro e um trabalho dignos.
No âmbito econômico, são necessárias – especialmente por parte dos Estados – políticas de desenvolvimento industrial e agrícola que tenham a peito o progresso social e a universalização de um Estado de direito e democrático. Fundamental e imprescindível é também a estruturação ética dos mercados monetário, financeiro e comercial; devem ser estabilizados e melhor coordenados e controlados, de modo que não causem dano aos mais pobres. A solicitude dos diversos obreiros da paz deve ainda concentrar-se – com mais determinação do que tem sido feito até agora – na consideração da crise alimentar, muito mais grave do que a financeira. O tema da segurança das provisões alimentares voltou a ser central na agenda política internacional, por causa de crises relacionadas, para além do mais, com as bruscas oscilações do preço das matérias--primas agrícolas, com comportamentos irresponsáveis por parte de certos agentes económicos e com um controle insuficiente por parte dos Governos e da comunidade internacional. Para enfrentar semelhante crise, os obreiros da paz são chamados a trabalhar juntos em espírito de solidariedade, desde o nível local até ao internacional, com o objectivo de colocar os agricultores, especialmente nas pequenas realidades rurais, em condições de poderem realizar a sua actividade de modo digno e sustentável dos pontos de vista social, ambiental e económico.

Educação para uma cultura da paz:o papel da família e das instituições
6. Desejo veementemente reafirmar que os diversos obreiros da paz são chamados a cultivar a paixão pelo bem comum da família e pela justiça social, bem como o empenho por uma válida educação social.
Ninguém pode ignorar ou subestimar o papel decisivo da família, célula básica da sociedade, dos pontos de vista demográfico, ético, pedagógico, económico e político. Ela possui uma vocação natural para promover a vida: acompanha as pessoas no seu crescimento e estimula-as a enriquecerem-se entre si através do cuidado recíproco. De modo especial, a família cristã guarda em si o primordial projecto da educação das pessoas segundo a medida do amor divino. A família é um dos sujeitos sociais indispensáveis para a realização duma cultura da paz. É preciso tutelar o direito dos pais e o seu papel primário na educação dos filhos, nomeadamente nos âmbitos moral e religioso. Na família, nascem e crescem os obreiros da paz, os futuros promotores duma cultura da vida e do amor.
Nesta tarefa imensa de educar para a paz, estão envolvidas de modo particular as comunidades dos crentes. A Igreja toma parte nesta grande responsabilidade através da nova evangelização, que tem como pontos de apoio a conversão à verdade e ao amor de Cristo e, consequentemente, o renascimento espiritual e moral das pessoas e das sociedades. O encontro com Jesus Cristo plasma os obreiros da paz, comprometendo-os na comunhão e na superação da injustiça.
Uma missão especial em prol da paz é desempenhada pelas instituições culturais, escolásticas e universitárias. Delas se requer uma notável contribuição não só para a formação de novas gerações de líderes, mas também para a renovação das instituições públicas, nacionais e internacionais. Podem também contribuir para uma reflexão científica que radique as actividades económicas e financeiras numa sólida base antropológica e ética. O mundo actual, particularmente o mundo da política, necessita do apoio dum novo pensamento, duma nova síntese cultural, para superar tecnicismos e harmonizar as várias tendências políticas em ordem ao bem comum. Este, visto como conjunto de relações interpessoais e instituições positivas ao serviço do crescimento integral dos indivíduos e dos grupos, está na base de toda a verdadeira educação para a paz.
Uma pedagogia do obreiro da paz
7. Concluindo, há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Esta requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados. Com efeito, as obras de paz concorrem para realizar o bem comum e criam o interesse pela paz, educando para ela. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmosfera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso, é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância. Incentivo fundamental será « dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar »,7 de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação. Isto requer a difusão duma pedagogia do perdão. Na realidade, o mal vence-se com o bem, e a justiça deve ser procurada imitando a Deus Pai que ama todos os seus filhos (cf. Mt 5, 21-48). É um trabalho lento, porque supõe uma evolução espiritual, uma educação para os valores mais altos, uma visão nova da história humana. É preciso renunciar à paz falsa, que prometem os ídolos deste mundo, e aos perigos que a acompanham; refiro-me à paz que torna as consciências cada vez mais insensíveis, que leva a fechar-se em si mesmo, a uma existência atrofiada vivida na indiferença. Ao contrário, a pedagogia da paz implica serviço, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.
Jesus encarna o conjunto destas atitudes na sua vida até ao dom total de Si mesmo, até «perder a vida» (cf. Mt 10, 39; Lc 17, 33; Jo 12, 25). E promete aos seus discípulos que chegarão, mais cedo ou mais tarde, a fazer a descoberta extraordinária de que falamos no início: no mundo, está presente Deus, o Deus de Jesus Cristo, plenamente solidário com os homens. Neste contexto, apraz-me lembrar a oração com que se pede a Deus para fazer de nós instrumentos da sua paz, a fim de levar o seu amor onde há ódio, o seu perdão onde há ofensa, a verdadeira fé onde há dúvida. Por nossa vez pedimos a Deus, juntamente com o Beato João XXIII, que ilumine os responsáveis dos povos para que, junto com a solicitude pelo justo bem-estar dos próprios concidadãos, garantam e defendam o dom precioso da paz; inflame a vontade de todos para superarem as barreiras que dividem, reforçarem os vínculos da caridade mútua, compreenderem os outros e perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias, de tal modo que, em virtude da sua acção, todos os povos da terra se tornem irmãos e floresça neles e reine para sempre a tão suspirada paz.
Com esta invocação, faço votos de que todos possam ser autênticos obreiros e construtores da paz, para que a cidade do homem cresça em concórdia fraterna, na prosperidade e na paz.

Vaticano, 8 de Dezembro de 2012.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Pascom entrevista o Pe. Augusto Lívio

Durante a programação especial de natal da Rádio Princesa do Vale a Pascom (Pastoral da Comunicação) entrevistou o Pe. Augusto Lívio que está ajudando na paróquia da Beata Lindalva e São Cristovão e ficará até a festa da Beata Lindalva que terá seu inicio no dia 07/01/2013. Padre Augusto nos falou a respeito do real sentido do natal, e aproveitamos para questioná-lo sobre a Jornada Mundial da Juvenude (JMJ - Rio 2013) já que ele faz parte do setor diocesano de juventude, e nos antecipou que já passa dos 500 os jovens que farão parte da caravana da Diocese de Mossoró. Ele também mencionou que a preparação com os grupos de jovens está sendo bem positiva. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Natal, nascimento de Cristo se aproxima


Estamos chegando ao fim do Advento, tempo de preparação para o Natal, tempo de alegria! A liturgia nos convida não apenas a voltar nosso olhar para o passado e celebrar o aniversário do nascimento do Salvador, mas também nos convida a olhar para o futuro: a segunda vinda de Cristo.
Ele veio a primeira vez na humildade para iniciar a obra da salvação. Virá uma segunda vez na glória, para concluir a obra iniciada. Será uma vinda misteriosa. Ele mesmo afirmou que ninguém conhece o dia e a hora, a não ser o Pai.
O Advento é um tempo de preparação para o nosso encontro definitivo com Cristo. Encontro que não deve ser temido, mas aguardado ansiosamente. Deve ser desejado, pois será o encontro da noiva com o Esposo, com o Amado.
A comunidade apostólica, em suas assembleias litúrgicas, clamava com alegria: “Maranathá! Vem, Senhor Jesus!”Deus é o ser vivo por excelência. Não só possui a vida em plenitude, mas é Ele a própria fonte da vida. Vive pelos séculos dos séculos (cf. Ap. 10,6;15,7). “O Pai possui a vida por si mesmo”, afirmou Jesus. Nós não possuímos a vida por nós mesmos, não somos criadores de nós mesmos. A nossa vida é um dom de Deus. É o primeiro dom.
À semelhança de Adão, vivemos, porque um sopro divino nos tornou seres vivos. Por isso mesmo, o ser humano, ao tomar consciência de sua presença no mundo, percebe-se como alguém responsável por um dom recebido, responsável por sua vida e pela vida dos outros seres humanos.
A vida é um talento. É um dom a ser administrado para que produza frutos. “Quem ama a sua vida, diz o Evangelho, vai perdê-la”. Quem perde a sua vida, ganha a vida em plenitude. Amar a própria vida é viver só para si, é viver egoisticamente, é deixá-la improdutiva. Perdê-la é gastá-la cada dia para que os outros tenham mais vida.
Cristo referiu-se a perder a própria vida num sentido superior: por causa d’Ele e do Evangelho, ou seja, colocando a própria vida a serviço do Evangelho. Cabe a nós propagá-lo pelo mundo com grande alegria. O fato de conhecer Jesus e fazer com que os outros O conheçam é o motivo de nossa felicidade.
O grande profeta João Batista recorda que ninguém pode viver longe do amor de Jesus. Viver a mensagem de Cristo é viver na verdadeira alegria, a qual não passa. Alegria que tem por alicerce não as coisas do mundo, mas sim o amor de Deus por nós. Essa é a única e verdadeira alegria: Jesus Cristo, Filho de Deus.


Dom Benedito Beni dos Santos
Bispo da diocese de Lorena (SP)

domingo, 23 de dezembro de 2012

Horários das Missas da Véspera do Natal nas Paróquias de Assu


Paróquia de São João Batista

18:30 - Capela de São José - Linda Flor
19:30 - Capela de Nossa Senhora da Conceição - Nova Esperança
21:00 - Igreja Matriz

Paróquia da Beata Lindalva e São Cristóvão

19:30 - Igreja Matriz

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Papa: "Viver o Natal com a humildade de Nossa Senhora"

Papa_Bento_XVI_Acenando_2012


A audiência geral da última quarta-feira, 19 de dezembro, foi realizada na Sala Paulo VI. Nesta III semana do tempo de Advento, o Papa apresentou aos fiéis uma reflexão sobre a fé de Maria a partir do grande mistério da Anunciação.
Bento XVI começou lembrando que o anjo convidou a Virgem a se alegrar, chamando-a “cheia de graça”. Tal saudação anuncia o fim da tristeza que existe no mundo diante dos limites da vida, do sofrimento, da morte, da maldade, das trevas do mal que parece obscurecer a luz da bondade divina. “É uma saudação que marca o início do Evangelho, da Boa Nova” – prosseguiu o Pontífice.
“A fonte da alegria de Maria é a graça, a comunhão com Deus. Ela é a criatura que, mediante sua atitude de escuta da palavra e da obediência, abriu de modo único as portas a seu Criador, colocando-se em suas mãos, sem limites”.
“Assim como Abraão, Nossa Senhora também confiou plenamente na divina Palavra, convertendo-se em modelo e mãe de todos os cristãos. E do mesmo modo, sua fé também incluiu um momento de incerteza - as trevas da crucificação de seu Filho – antes de chegar à luz da Ressurreição”.
O Papa explicou que o mesmo ocorre no caminho de fé de cada um de nós: existem momentos de luz e passagens onde parece que Deus está ausente; seu silêncio pesa em nossos corações e sua vontade não corresponde à nossa. “Mas – ressalvou Bento XVI – quanto mais nos abrirmos a Deus, acolhermos o dom da fé e depositarmos Nele a nossa confiança – como fizeram Abraão e Maria – mais Ele nos ajudará a viver as situações da vida em paz e com a certeza de sua fidelidade e de seu amor. Isto acarreta que saiamos de nós mesmos e de nossos projetos e deixemos que a Palavra de Deus seja a lâmpada que guie nossos pensamentos e ações”.
“A fé sólida de Maria foi possível graças à sua atitude constante de diálogo íntimo com a Palavra de Deus, à sua humildade profunda e obediente, que aceitou tudo, até o que não compreendia da ação de Deus” – recordou o Papa.
Finalizando, Bento XVI disse que a solenidade do Natal nos convida a viver esta mesma humildade e obediência de fé. “A glória de Deus não se manifesta no triunfo e no poder do Rei, não resplandece numa cidade famosa, num suntuoso palácio, mas habita no ventre de uma virgem, se revela na pobreza de um menino”.
Como faz todas as quartas-feiras, Bento XVI leu aos fiéis breves resumos de sua catequese em várias línguas, inclusive português. Estas foram as suas palavras:
“No caminho do Advento, ocupa um lugar especial a Virgem Mãe, que acolheu na fé e na carne Jesus, o Filho de Deus. N’Ela vemos a criatura que, de modo incomparável, abriu de par em par as portas ao seu Criador, submetendo-Se livremente à vontade divina na obediência da fé: adere com plena confiança à palavra que Lhe anuncia o Mensageiro de Deus. E este «sim» de Maria à vontade divina repete-se ao longo de toda a sua vida até ao momento mais difícil: o da Cruz. Ela não se contenta com uma percepção imediata e superficial do que sucede na sua vida, mas entra em diálogo íntimo com a Palavra de Deus e deixa-se interpelar pelos acontecimentos, procurando a compreensão que só a fé pode garantir. Maria acolhe mesmo aquilo que não compreende do agir divino, deixando que seja Deus a abrir-Lhe o coração e a mente. Assim se tornou modelo e mãe de todos os crentes. Pela sua fé, todas as gerações A chamarão bem-aventurada”.
“Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos, com votos de um santo Natal de Jesus no coração e na família de cada um, pedindo a mesma humildade e obediência da fé de Maria e José, que vos faça ver, na força indefesa daquele Menino, a vitória final sobre todos os arrogantes e rumorosos poderes do mundo. Bom Natal!”.
Antes de se despedir dos fiéis, o Papa concedeu a todos a sua bênção. A próxima audiência geral de Bento XVI com os fiéis será em 2 de janeiro de 2013.

Fonte: CNBB

Coordenadora da Pastoral da Pessoa Idosa recebe prêmio nacional em Brasília

Premio_DH_2012


No dia 17 de dezembro, durante solenidade no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), a presidente da república, Dilma Rousseff, fez a entrega do Prêmio Nacional de Direitos Humanos 2012 na categoria “Garantia dos Direitos da Pessoa Idosa”. A Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa (PPI), irmã Terezinha Tortelli, recebeu o prêmio entregue pela presidente.
Irmã Terezinha Tortelli, foi agraciada com a maior honraria concedida pelo governo brasileiro a entidades e pessoas que desenvolvem ações na área de direitos humanos. Irmã Terezinha é uma personalidade conhecida e respeitada nacionalmente pelo admirável e expressivo trabalho realizado na Pastoral da Pessoa Idosa - CNBB, entidade comprometida com a efetivação dos direitos das pessoas idosas em todo o Brasil.
Ao receber a homenagem, a coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa afirmou que a premiação era: “Esse Prêmio é um reconhecimento ao valoroso trabalho e dedicação de todos os voluntários da Pastoral da Pessoa Idosa, pessoas cheias de amor e ternura, comprometidas com a causa das pessoas idosas mais fragilizadas, por isso dedico a todos esta homenagem".

Fonte: CNBB

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Missa em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga encanta público em Exu. Cerimônia foi conduzida pelo bispo Dom Magnus Henrique Lopes.


Ainda estava escuro em Exu, no Sertão pernambucano, quando começou a Missa da Vida em memória aos cem anos de Luiz Gonzaga, neste domingo (16). Eram 5h, quando centenas de fiéis já se aglomeravam debaixo do famoso pé de Juazeiro do Parque Aza Branca, onde o velho Lua gostava de cantar.
A celebração foi toda rezada com sanfona, zabumba e triângulo, com músicos rendendo homenagens ao Rei do Baião. O evento foi transmitido ao vivo pela Globo Nordeste, TV Grande Rio, TV Asa Branca e Portal G1.
A cerimônia religiosa foi celebrada por Dom Magnus Henrique Lopes, bispo da diocese de Salgueiro, e pelo padre Domingos Pedro da Silva, administrador paroquial de Exu. Outros padres da região, como o padre Fábio Mota, de Sobral (CE), e o padre Malan, de Araripina, também participaram. "Foi uma justa homenagem a este homem que cantou e encantou o Brasil levando a cultura nordestina, com a sua sanfona, a voz que falava mais alto nesta celebração", falou Dom Magnus Henrique Lopes.
Danilo Pernambucano cantou música em homenagem a Gonzagão (Foto: Luna Markman/G1)
Danilo Pernambucano cantou música em homenagem a Gonzagão (Foto: Luna Markman/G1)

O sanfoneiro Danilo Pernambucano cantou o sermão junto ao bispo e apresentou a música "Homenagem a Luiz Gonzaga", composta por ele mesmo. Santana apresentou "Pai Nosso", que faz parte da Missa do Vaqueiro, celebração inventada por Luiz Gonzaga e o padre João Câncio, no anos de 1970, para lembrar a morte do vaqueiro Raimundo Jacó. "Foi muito bonita [a missa], e é sempre uma honra para mim, poder participar, principalmente, quando se refere a coisas da fé, voltada para o nosso Deus maior, e também fizemos homenagem ao maior nordestino de todos os tempos", comentou.
Waldonys e Josildo Sá também participaram da missa (Foto: Luna Markman/G1)
Waldonys e Josildo Sá também participaram da missa
(Foto: Luna Markman/G1)

O cearense Waldonys, que cantou a "Ave Maria sertaneja", trouxe a sanfona que Luiz Gonzaga lhe deu de presente, ainda na adolescência, para simbolizar a presença do mestre no local, bem ao lado do altar. "Eu fiquei muito feliz, encantado com a missa em homenagem ao centenário de seu Luiz, e como afilhado, discípulo e seguidor não poderia faltar. Foi um momento marcante", disse.
Josildo Sá também participou da missa, caracterizado de vaqueiro, com chapéu de couro e gibão. "Foi muito emocionante, o povo todo veio para cá, muita gente nem dormiu. Estou feliz, com sono, mas valeu muito a pena", brincou. O cantor interpretou "Baião da Penha". Joquinha Gonzaga, nascido em Exu, sobrinho de Gonzagão, também esteve presente na cerimômia.
Fabiana Avelino levou o pequeno José, fã de Waldonys, para assistir a celebração (Foto: Luna Markman/G1)
Fabiana Avelino levou o pequeno José, fã de Waldonys, paraassistir a celebração (Foto: Luna Markman/G1)

O público orou e cantou durante toda missa. A cozinheira Fabiana Avelino acompanhou tudo carregando no colo José Wilson, de 2 anos. "Eu vim, primeiro, porque sou católica e gosto de Gonzaga, que é muito querido aqui na nossa terra. E foi lindo porque o som da sanfona deu mais vida. Depois, porque meu filho é fã de Waldonys, trouxe ele aqui para conhecê-lo", disse.
As irmãs Socorro e Maria do Céu Severo ficaram encantadas com a celebração. "Foi tudo muito diferente, fora da igreja, mas muito bonito, aqui no pé de Juazeiro, as sanfonas. Foi bom para lembrar o aniversário de Luiz Gonzaga. Eu me lembro dele tocando nas festas de fim de ano de Tabocas, quando eu era menina. Ele era muito animado", falou.
Missa foi celebrada por Dom Magnus Henrique Lopes e pelo padre Domingos Pedro da Silva (Foto: Luna Markman/G1)
Missa foi celebrada por Dom Magnus Henrique Lopes e pelo padre Domingos Pedro da Silva (Foto: Luna Markman/G1)
Ao final da missa, muita gente foi ao mausoléu onde Lua está enterrado, assim como os pais Januário e Santana, também dentro do Parque Aza Branca. Bacamarteiros ainda fizeram uma exibição para os visitantes, como em toda festa sertaneja.

Bacamarteiros se apresentaram no Parque Aza Branca (Foto: Luna Markman/G1)
Bacamarteiros se apresentaram no Parque Aza Branca (Foto: Luna Markman/G1)


Fonte: g1.globo.com