Estamos
chegando ao fim do Advento, tempo de
preparação para o Natal, tempo de
alegria! A liturgia nos convida não apenas a voltar nosso olhar para o passado
e celebrar o aniversário do nascimento do Salvador, mas também nos convida a
olhar para o futuro: a segunda vinda de Cristo.
Ele
veio a primeira vez na humildade para iniciar a obra da salvação. Virá uma
segunda vez na glória, para concluir a obra iniciada. Será uma vinda
misteriosa. Ele mesmo afirmou que ninguém conhece o dia e a hora, a não ser o
Pai.
O Advento é um
tempo de preparação para o nosso encontro definitivo com Cristo. Encontro que
não deve ser temido, mas aguardado ansiosamente. Deve ser desejado, pois será o
encontro da noiva com o Esposo, com o Amado.
A
comunidade apostólica, em suas assembleias litúrgicas, clamava com alegria: “Maranathá!
Vem, Senhor Jesus!”Deus é o ser vivo por excelência. Não só possui a vida em
plenitude, mas é Ele a própria fonte da vida. Vive pelos séculos dos séculos
(cf. Ap. 10,6;15,7). “O Pai possui a vida por si mesmo”, afirmou Jesus.
Nós não possuímos a vida por nós mesmos, não somos criadores de nós mesmos. A
nossa vida é um dom de Deus. É o primeiro dom.
À
semelhança de Adão, vivemos, porque um sopro divino nos tornou seres vivos. Por
isso mesmo, o ser humano, ao tomar consciência de sua presença no mundo,
percebe-se como alguém responsável por um dom recebido, responsável por sua
vida e pela vida dos outros seres humanos.
A
vida é um talento. É um dom a ser administrado para que produza frutos. “Quem
ama a sua vida, diz o Evangelho, vai perdê-la”. Quem perde a sua vida, ganha a
vida em plenitude. Amar a própria vida é viver só para si, é viver
egoisticamente, é deixá-la improdutiva. Perdê-la é gastá-la cada dia para que
os outros tenham mais vida.
Cristo
referiu-se a perder a própria vida num sentido superior: por causa d’Ele e do
Evangelho, ou seja, colocando a própria vida a serviço do Evangelho. Cabe a nós
propagá-lo pelo mundo com grande alegria. O fato de conhecer Jesus e fazer com
que os outros O conheçam é o motivo de nossa felicidade.
O
grande profeta João Batista recorda que ninguém pode viver longe do amor de
Jesus. Viver a mensagem de Cristo é viver na verdadeira alegria, a qual não
passa. Alegria que tem por alicerce não as coisas do mundo, mas sim o amor de
Deus por nós. Essa é a única e verdadeira alegria: Jesus Cristo, Filho de
Deus.
Dom Benedito Beni dos Santos
Bispo da diocese de Lorena (SP)
Bispo da diocese de Lorena (SP)
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